quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Explosão de fofura: Veja o significado de 6 posições usadas pelos cães na hora de dormir - Hypeness - inglês

Quem tem cachorro costuma conhecê-lo por seus gestos, hábitos e ações. Mas você sabia que a forma como ele dorme também demonstra o que está sentindo? Repare: os cães podem dormir em diferentes posições: de lado, de barriga para cima, com as patas traseiras e dianteiras para frente, de conchinha…

Veja a seguir o significado de 6 posições usadas pelos cachorros na hora de dormir:

1. De lado

Deitar de lado com as pernas estendidas é provavelmente a posição mais comum, sobretudo entre cães mais velhos, que podem sofrer com algum problema nas articulações. Indica que o pet está confortável, a temperatura do ambiente está agradável, e ele deve estar embalado num sono mais profundo.

2. Posição do leão

É a posição em que o cachorro se deita e dorme com a cabeça entre as patinhas dianteiras ou em cima delas. Indica que ele está começando a adormecer e pode acordar mais facilmente. Antecede a posição de lado.

3. Super-Homem

O cachorro fica com a barriga no chão e as patas dianteiras e traseiras esticadas. Indica que ele está cansado, mas a postos para brincar a qualquer momento. Costuma ser usada por pets com mais energia.

4. De barriga para cima

Costuma ser usada em dias mais quentes. Para o cão, deixar a barriga exposta é uma boa maneira de combater o calor. Mostra o quanto também ele está confortável. Fora que é um convite para um carinho.

5. De conchinha

Ao dormir nessa posição com os tutores ou outros animais da casa, o cachorro mostra que é muito amoroso e afetuoso, e que está em busca da mesma sensação de segurança que tinha quando era filhote, na companhia da mãe. Cães mais velhos também gostam muito dessa posição.

6. Enrolado

Cachorros que dormem assim, como se parecessem um donut, revelam um instinto de proteção. Eles escondem os órgãos vitais, sugerindo que podem estar se acostumando com um novo ambiente. Por isso, a posição é comum entre cachorros de rua e filhotes. Pode indicar também que ele esteja com frio.

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Nome escolhido por pais de bebê termina em caso de justiça por seu significado - Nome escolhido por pais de bebê termina em caso de justiça por seu significado - Metro World News - inglês

Você já parou para pensar na possibilidade de escolher o nome do seu bebê e na hora de registrá-lo ser impedida por seu significado? Para quem está curioso sobre tal questionamento, esta foi justamente a situação que aconteceu com um casal do País Basco, comunidade autônoma no norte da Espanha.

Após o nascimento da filha, o casal planejava registrá-la com o nome “Hazia” que no idioma local significa “semente”, mas também pode ser interpretado como “esperma”.

E foi justamente por ter um significado dúbio que uma juíza proibiu os pais da bebê de seguirem com tal decisão, afirmando que “não há nenhuma criança com este nome” e que “já acontece com muitos nomes que existem em basco”.

Você pode se interessar por estes conteúdos de nosso site:

A resposta dos pais

Em declaração, eles afirmaram que não se trata de uma brincadeira e que tomaram tal decisão com muito “cuidado”. Os pais da bebê ainda lembraram que há outras crianças da comunidade com nomes com significados dúbios, como “Zigor”, que pode ser interpretado como “Castigo”.

Agora, os pais da criança se mostraram preocupados por não chegar a um acordo com a justiça local. Eles ressaltam que a juíza pretende nomeá-la como “ela quer”, se é que não encontrem uma alternativa.

Com informações do portal Meganoticias.

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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Comissão lança nova tradução para Epístola aos Colossenses - Igreja Açores - Dicionário

A Comissão que coordena a nova tradução da Bíblia da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou esta terça-feira o texto provisório da Epístola aos Colossenses, do Novo Testamento, que aborda o confronto das primeiras comunidades cristãs com “doutrinas heterodoxas”.

“O conteúdo desta carta está ligado a situações concretas vividas pela comunidade. Oriundos do paganismo, os cristãos de Colossos estavam ainda influenciados pelas crenças das suas antigas religiões, pelo que apreciavam e estimulavam certas práticas consideradas supersticiosas, contrárias ao Evangelho”, assinala a nota enviada à Agência ECCLESIA, para apresentar a nova proposta de tradução.

Em causa, segundo alguns autores, estavam “tendências gnósticas e dualistas”.

Os especialistas convidados pela CEP destacam que os mesmos problemas se faziam também sentir na comunidade de Éfeso, “o que motivou uma outra carta, bastante próxima desta no tempo e no conteúdo”.

A cidade de Colossos situava-se no sul da antiga Frígia, Ásia Menor (atual Turquia); no tempo de Paulo, era “uma cidade pequena e pouco importante”.

Os tradutores reconhecem que “há bastantes dúvidas sobre a autoria paulina da Carta aos Colossenses”, mas sublinham que “os traços essenciais da carta estão perfeitamente em linha com o pensamento do apóstolo”, que a poderia ter redigido quando estava na prisão, na parte final do seu ministério, por volta do ano 64.

“Sublinhando a singularidade e primazia de Cristo, o autor apresenta-o como o único mediador e redentor; pela sua preexistência, Ele é o único mediador da criação e, pela sua ressurreição, é o exclusivo reconciliador do universo. Deste modo, Cristo é a cabeça de tudo o que existe. A Igreja é aqui entendida, sobretudo, como uma assembleia cósmica, cuja cabeça é Cristo”.

A versão está disponível na página de internet da Conferência Episcopal Portuguesa e os comentários, os contributos dos leitores, no sentido de aperfeiçoar a sua compreensibilidade, podem ser enviados para o endereço eletrónico biblia.cep@gmail.com.

Desde agosto de 2021, um novo livro da Bíblia é disponibilizado mensalmente em formato digital.

Em março de 2019, a Conferência Episcopal Portuguesa apresentou o primeiro volume da nova tradução da Bíblia em português feita por 34 investigadores a partir das línguas originais, com a publicação da edição de ‘Os Quatro Evangelhos e os Salmos’.

(Com Ecclesia)

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Josias de Souza - O discurso pós-derrota de Bolsonaro, com uma tradução quase simultânea - UOL Notícias - Dicionário

"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 3 de outubro".

(Traduzindo-se do "bolsonarês" para o português, o que Bolsonaro quis dizer na primeira frase do seu discurso pós-derrota é que ele não xinga quem preferiu votar em Lula para não ser antipático. Mas dá uma banana para os 60 milhões de eleitores que o privaram de desfrutar por mais quatro anos de todos os sacrifícios que o dinheiro —do contribuinte— pode comprar.)

"Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral."

(Bolsonaro quis dizer que o bolsonarismo leva sua raiva das redes sociais para as ruas porque há um momento na vida em que o sujeito se dá conta de que tudo está perdido, menos a indignidade de se indignar com a injustiça de uma fraude que não houve.)

"As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas. Mas os nosso métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, com invasão de propriedades, invasão de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir."

(Bolsonaro quis dizer que a algaravia dos seus devotos é bem-vinda. Mas quando o Supremo Tribunal Federal rosna para autoridades que se tornam cúmplices de baderneiros que bloqueiam estradas, a democracia se transforma num regime em que o mito é livre para escolher quem levará a culpa.)

"A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força de nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade."

(Bolsonaro quis dizer que bolsonaristas como Damares Alves, Ricardo Salles e Sergio Moro, que chegaram ao Congresso cavalgando o seu prestígio, não são conservadores. São arcaicos. Representam a novíssima ação integralista brasileira, de inspiração fascista.)

"Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra."

(O quer Bolsonaro quis dizer é que, em vez de criticá-lo, todos os seus opositores deveriam acalentar o sonho de viver no Brasil descrito na sua fala com tanto entusiasmo, seja ele onde for.)

"Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia, ou as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição."

(O que Bolsonaro quis dizer é que a vida dentro das quatro linhas da sua Constituição é muito parecida com o futebol. Com algumas diferenças: o campo é mal demarcado, fake news conta como gol, vale canelada em jornalista —sobretudo se for mulher—, a bola é quadrada e o supremo juiz é um "canalha".)

"É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros, que como eu defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde e amarela de nossa bandeira."

(Bolsonaro quis dizer quer, a partir de 1º de janeiro de 2023, vai ralar na oposição. Sem o socorro de Augusto Aras e Arthur Lira, rezará para não sofrer a mesma decepção de ex-governantes que descobrem tarde demais que sua liberdade era apenas uma lamentável negligência dos órgãos de controle.)

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Bíblia: Comissão lança nova tradução para Epístola aos Colossenses - Agência Ecclesia - Dicionário

Texto do Novo Testamento aborda confronto das primeiras comunidades cristãs com «doutrinas heterodoxas»

Lisboa, 02 nov 2022 (Ecclesia) – A Comissão que coordena a nova tradução da Bíblia da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) lançou esta terça-feira o texto provisório da Epístola aos Colossenses, do Novo Testamento, que aborda o confronto das primeiras comunidades cristãs com “doutrinas heterodoxas”.

“O conteúdo desta carta está ligado a situações concretas vividas pela comunidade. Oriundos do paganismo, os cristãos de Colossos estavam ainda influenciados pelas crenças das suas antigas religiões, pelo que apreciavam e estimulavam certas práticas consideradas supersticiosas, contrárias ao Evangelho”, assinala a nota enviada à Agência ECCLESIA, para apresentar a nova proposta de tradução.

Em causa, segundo alguns autores, estavam “tendências gnósticas e dualistas”.

Os especialistas convidados pela CEP destacam que os mesmos problemas se faziam também sentir na comunidade de Éfeso, “o que motivou uma outra carta, bastante próxima desta no tempo e no conteúdo”.

A cidade de Colossos situava-se no sul da antiga Frígia, Ásia Menor (atual Turquia); no tempo de Paulo, era “uma cidade pequena e pouco importante”.

Os tradutores reconhecem que “há bastantes dúvidas sobre a autoria paulina da Carta aos Colossenses”, mas sublinham que “os traços essenciais da carta estão perfeitamente em linha com o pensamento do apóstolo”, que a poderia ter redigido quando estava na prisão, na parte final do seu ministério, por volta do ano 64.

Sublinhando a singularidade e primazia de Cristo, o autor apresenta-o como o único mediador e redentor; pela sua preexistência, Ele é o único mediador da criação e, pela sua ressurreição, é o exclusivo reconciliador do universo. Deste modo, Cristo é a cabeça de tudo o que existe. A Igreja é aqui entendida, sobretudo, como uma assembleia cósmica, cuja cabeça é Cristo”.

A versão está disponível na página de internet da Conferência Episcopal Portuguesa e os comentários, os contributos dos leitores, no sentido de aperfeiçoar a sua compreensibilidade, podem ser enviados para o endereço eletrónico biblia.cep@gmail.com.

Desde agosto de 2021, um novo livro da Bíblia é disponibilizado mensalmente em formato digital.

Em março de 2019, a Conferência Episcopal Portuguesa apresentou o primeiro volume da nova tradução da Bíblia em português feita por 34 investigadores a partir das línguas originais, com a publicação da edição de ‘Os Quatro Evangelhos e os Salmos’.

OC

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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Finados, rituais e cor preta: entenda o significado - Terra - inglês

Dependendo da cultura, o dia ganha um viés festivo ou torna-se um momento para reclusão e reflexão

1 nov 2022 - 10h37

Finados, rituais e cor preta

Finados, rituais e cor preta

Foto: Pexels / Personare

A data de 2 de novembro é conhecida como Dia de Finados, Dia dos Mortos ou Dia de Todos os Santos. Dependendo da cultura, o dia ganha um viés festivo ou torna-se um momento para reclusão e reflexão. Mas você sabe o significado de Finados, dos rituais e da cor preta?

Pensando nas várias maneiras de celebrar o dia e homenagear aqueles que já se foram, o Personare conversou com especialistas que contaram como diferentes culturas encaram a data, e ainda deram dicas de como lidar com momentos de perda ou trauma.

Dia de Finados e os rituais: entenda

Cemitério e flores

No Brasil, o ritual mais comum de celebração do Dia de Finados é a ida ao cemitério. Lá são colocadas flores nos túmulos dos parentes e amigos já falecidos, e algumas pessoas ainda oferecem orações a quem se foi. Também é comum que sejam feitas missas, para que as pessoas possam orar por aqueles que já se foram.

Em geral, o clima da data sugere introspecção, já que quem tem parentes ou amigos falecidos costuma ficar mais fechado e recluso durante o dia. Entenda aqui sobre como superar o luto.

Cor preta no Dia de Finados

Apesar de ser uma tradição antiga, muita gente ainda opta por usar roupas na cor preta no Dia de Finados no Brasil. Porém, a cromoterapeuta Solange Lima acredita que essa pode não ser a melhor escolha para a data.

"O preto representa respeito pelos mortos, mas causa certo isolamento e distanciamento do mundo, impedindo que outras pessoas ofereçam ajuda. Sendo assim, a cor não é indicada para um momento em que se precisa de aconchego e acolhimento, já que acaba afastando os outros", ensina Solange.

A dica da especialista é tentar resgatar algumas cores que oferecem mais ação e estimulam a coragem. Por isso, ela sugere cores quentes, como:

  • Vermelho, que traz estímulo, ação, movimento e é antidepressiva
  • Laranja, pois oferecem coragem para enfrentar os desafios
  • Amarelo, que gera mais disposição e vitalidade

Dia dos Mortos e a alegria no México

Foto: Pexels / Personare

Diferente do Brasil, que a data com tristeza, o México tem o costume de fazer grandes festas para homenagear a memória dos mortos. Conhecida como Dia de Los Muertos, a data é encarada de forma alegre e tem o objetivo de celebrar e relembrar com orgulho as memórias de quem já se foi.

O povo mexicano acredita que o legado da pessoa é vivido e reforçado mais uma vez, através dos parentes e amigos que ainda vivem. Por isso, as pessoas usam fantasias coloridas de caveiras, constroem altares dentro das casas e preparam as comidas e bebidas preferidas de quem já se foi.

Dia de Todos os Santos na Espanha

Os espanhóis comemoram o Dia de Todos os Santos em 1º de novembro. Sendo um feriado nacional, as pessoas também visitam os cemitérios e levam flores aos túmulos à noite. Mas o tom também tem um clima mais festivo do que no Brasil.

Um doce especial, chamado Hueso de Santos (Osso dos Santos), feito de marzipã, ovos e "syrup" (calda semelhante ao mel, feita de açúcar e água), é comido como sobremesa especial. Durante o dia, as cidades espanholas recebem paradas em honra aos mortos e, assim como na tradição mexicana, os espanhóis também usam roupas de tons coloridos e vibrantes no dia.

Rituais para lidar com o luto

Segundo a psicóloga Maria Cristina Gomes, algumas culturas preferem reviver o sofrimento a celebrar as memórias dos falecidos. Porém, mesmo com o sofrimento causado pela morte, a especialista afirma que o luto deve ser superado, para que a vida possa seguir da melhor forma.

A psicóloga explica que uma forma de viver o luto é conversar sobre isso com as pessoas próximas, além de respeitar seu próprio ritmo. A especialista acredita que escrever uma carta de despedida, por exemplo, pode ser um bom ritual para dizer aquilo que não foi dito e limpar os sentimentos negativos que permaneceram.

Para finalizar, Maria Cristina orienta a valorizar a memória dos mortos dia após dia, e não somente em apenas um único dia do ano.

"Não estamos acostumados a pensar na morte e isto, por vezes, é visto como algo ruim ou que trará má sorte. Mas homenagear ou lembrar das pessoas amadas é uma forma de viver o momento presente com mais intensidade e também de valorizar a própria vida", defende Maria Cristina.

O post Finados, rituais e cor preta: entenda o significado apareceu primeiro em Personare.

Personare (conteudo@personare.com.br)

- A equipe Personare é formada por pessoas que estão em processo constante de conhecimento sobre si mesmas, sobre o mundo e sobre as relações humanas. Compartilhamos aqui conteúdos apurados junto aos nossos mais de 100 especialistas em diferentes áreas holísticas, como Astrologia, Tarot, Numerologia e Terapias.

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Caderno de significados - Diário de Notícias - inglês

Afinal. Quer dizer afinal que apesar de tudo, além do mais, em conclusão. Afinal, talvez haja recessão. Talvez. Talvez quer dizer que pode haver ou pode não haver, não é, afinal, certo. A recessão que o governo negou que estava para vir pode, afinal, chegar. E a perda do poder de compra que o governo anunciou, até à aprovação do Orçamento do Estado na generalidade, que não aconteceria em 2023, afinal, parece, como a recessão, que talvez venha mesmo a acontecer. O ministro das Finanças já, parece, se disponibilizou para implementar o aumento dos pensionistas, porque a inflação é maior do que aquilo que o governo esperava. Afinal, todo o documento foi feito com base em pressupostos que, já sabíamos todos, pareciam estar errados. Ou, pelo menos, demasiado otimistas.

A língua portuguesa tem, estima-se, quase 230 mil palavras. A cada uma delas corresponde um e só um significado, embora erradamente atribuamos sinónimos perfeitos a muitas delas. Por exemplo, lindo, bonito e belo são utilizados como sinónimos, mas as três palavras não querem dizer exatamente a mesma coisa. Ou então a língua portuguesa não seria tão rica, variada e não disporia dos recursos estilísticos que a tornam no que de facto é. Isto porque as palavras têm demasiada importância no espaço público e no discurso político para que as utilizemos de forma imprecisa, vaga, errada ou, pior, propositadamente enganosa. Recessão e austeridade não são sinónimos. Mas uma recessão leva a períodos de austeridade e de contenção. Perda de poder de compra quer dizer que, com o mesmo dinheiro nominal, se compram menos bens e serviços. E, por fim, que quando a inflação está alta e, apesar de aumentos salariais, das pensões e dos apoios sociais, se esse aumento não corresponder ao valor da inflação, cada um de nós terá, na verdade, menos dinheiro disponível no fim do mês. Como dizia em tempos, aflito com os números, o agora secretário-geral das Nações Unidas, é "fazer as contas".

Os políticos, sobretudo, porque eleitos e detentores da soberania popular que lhes é delegada, têm, antes de mais - e muito haveria a dizer nessa matéria - de cuidar bem da língua. Mas, muito pior que os atropelos gramaticais, a ausência de concordâncias entre sujeito e predicado e a pobreza dos recursos - 230 mil palavras parecem não chegar - utilizados, é o facto de escolherem as palavras erradas. Consoante estamos diante de discursos de esquerda ou de direita, aos mesmos conceitos são dadas diferentes fórmulas. Uns dizem "patrões", "trabalhadores", "grande capital".

Outros escolhem para descrever a mesma realidade "empresários", "colaboradores", "grandes empresas". A esquerda não hesita em dizer que nos tempos da troika Portugal viveu em austeridade. Agora, com um quadro de economia de guerra depois de uma economia de pandemia, a mesma esquerda recusa a ideia de austeridade. Há outros exemplos da forma como a linguística é utilizada pelos fazedores de discursos e criadores de frases que demonstra bem que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Orçamentos a mais da direita são Orçamentos "retificativos", ou seja, assume-se que o primeiro Orçamento falhou e que é preciso retificar, corrigir, melhorar. Se o caso se der com governos de esquerda, o "retificativo" passa a ser um Orçamento "suplementar", recusando a ideia de que se falhou na primeira versão, apenas se "acrescentou" algo mais, por causa da "incerteza".

Muitos destes truques acabam por passar despercebidos à maioria dos cidadãos. Mas, ao serem utilizadas de forma intencional palavras que não transmitem a realidade, mas que a mascaram, iludem ou suavizam, o resultado é uma perceção errada dessa mesma realidade e do que ela pode trazer.

Na utopia da construção de país decente será possível, pergunto, sem ser preciso um caderno de significados, que, por sistema, nos possam dizer a verdade?


Jornalista

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