A operação da Polícia Federal responsável por cumprir mandados de busca contra o general Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e seu pai, o general do Exército Mauro César Lourena Cid, chamou a atenção pelo nome pelo qual foi batizada.
A operação ganhou o nome de Lucas 12:2 (ou Lucas 12, versículo 2), em referência a uma passagem da Bíblia.
De acordo com a investigação, a operação da PF apura envolvidos em uma suposta venda ilegal de presentes dados ao governo Bolsonaro por delegações estrangeiras.
Entenda, a seguir, o significado do nome da Operação Lucas 12:2.
Lucas 12 versículo 2
O texto de Lucas 12 versículo 2 diz: "Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido".
De acordo com o texto, que está contido no Novo Testamento, essas palavras teriam sido ditas por Jesus, enquanto estava reunido entre milhares de discípulos.
No versículo seguinte, Jesus teria dito: "Porquanto tudo o que em trevas dissestes, à luz será ouvido; e o que falaste ao ouvido no gabinete, dos eirados será apregoado".
Lucas 12:2
Segundo as investigações, o general Mauro César era o responsável por negociar as joias e os demais bens nos Estados Unidos, onde ocupava um cargo federal ligado à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), em Miami. Ele, inclusive, receberia os valores em sua conta bancária. Ele não foi preso.
Ele é general do Exército e foi colega de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), nos anos 1970.
"Os investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior", diz nota da PF.
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