segunda-feira, 3 de junho de 2024

AD e PS divergem sobre significado da visita de Zelensky - Correio da Manhã - inglês

O cabeça de lista da AD às europeias considerou esta terça-feira que a visita do Presidente da Ucrânia a Portugal traduziu-se num "dia de festa", levando a número um socialista a apontar a "brutal imaturidade" revelada por essa afirmação.

Estas posições foram assumidas no debate com os candidatos de todos os partidos com representação parlamentar, emitido pela RTP, e que decorreu no campus da Universidade Nova SBE, em Carcavelos.

A guerra na Ucrânia, que tem marcado o arranque da campanha às eleições europeias agendadas para 09 de junho em Portugal, também entrou neste debate com o número um da AD, Sebastião Bugalho, a considerar o dia de hoje, em que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, visitou Portugal pela primeira vez, um "dia de festa".

"É um dia de festa para a democracia portuguesa", afirmou o cabeça de lista da AD ao Parlamento Europeu.

Sebastião Bugalho disse tratar-se de um "dia de festa" porque Portugal mostrou, no ano em que assinala os 50 anos do 25 de Abril, que está "ao lado da paz, da Europa e dos ucranianos".

Entendimento diferente teve a candidato do PS, Marta Temido, que contra-atacou apontando imaturidade a Bugalho ao dizer que é um "dia de festa" um Presidente de um país em guerra vir pedir ajuda a outro país.

"É uma demonstração de imaturidade brutal dizer que hoje é um dia de festa", insistiu.

Discórdias à parte, a cabeça de lista do BE, Catarina Martins, frisou que "não deve haver ligeireza nesta discussão" e que a Ucrânia tem direito a defender-se.

O primeiro da lista da IL, João Cotrim de Figueiredo, defendeu que Portugal deve continuar a apoiar incondicionalmente a Ucrânia para que este país "reganhe a sua soberania" e decida se quer pertencer à União Europeia e à NATO.

Por seu lado, o candidato do Chega, Tânger Corrêa, sublinhou que para haver paz tem de haver força porque "não é uma Ucrânia em estado de fraqueza que vai negociar a paz".

Para o candidato da CDU, João Oliveira, insistir em dar armas à Ucrânia não é apoiar aquele pais, apoiar seria insistir num acordo de paz.

Do lado do PAN, Pedro Fidalgo Marques, alertou que além de olhar para a questão do drama humanitário naquele país em guerra é preciso olhar para a questão ambiental, nomeadamente para a contaminação dos solos.

Na visão do candidato do Livre, Francisco Paupério, cabe à Ucrânia decidir como "ataca esta guerra", lembrando que "há sempre o risco de este conflito escalar".

O Presidente da Ucrânia deixou Lisboa esta terça-feira ao início da noite, após uma visita de cerca de seis horas.

O avião que transportou Zelensky descolou às 21h02 de Lisboa, onde tinha aterrado pelas 14h50, depois de o chefe de Estado ucraniano ter estado em Bruxelas durante a manhã e em Madrid na segunda-feira.

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