quarta-feira, 24 de março de 2021

Inglês num copo de cerveja - A Tribuna - Rondonópolis - inglês

Todos os dias, centenas de milhões de litros de cerveja são consumidos ao redor do mundo, tradicionalmente em recipientes tão distintos como copos (glasses), canecas (mugs), taças (cups), latas (cans) ou garrafas (bottles). Amareladas, avermelhadas, pretas ou verdes, industrializadas ou artesanais, nacionais ou importadas, há opções para todos os gostos, e bolsos. Parece pouco, se comparados aos quase 8 bilhões de habitantes do planeta, mas esse hábito pode virar vício e ajudar a superar o limite do consumo diário de álcool recomendado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), de 30 g, equivalente a uma latinha de 350 ml para mulheres e duas latinhas para homens.

Na verdade, há vários benefícios e malefícios advindos da ingestão moderada ou exagerada de cerveja. A crença popular de que tomar alguns goles de qualquer bebida alcoólica ajuda na hora de falar inglês (ou outra língua), por exemplo, já foi respaldada por estudos científicos realizados ao redor do mundo. Explicação: o consumo moderado de álcool reduz a ansiedade social e aumenta a confiança. Por outro lado, em excesso, ele pode prejudicar na pronúncia e na escrita das palavras. Mais do que isso, o consumo exacerbado de bebida aumenta o risco de a pessoa contrair doenças hepáticas e cardiovasculares, além de contribuir para a formação ou a manutenção da chamada “barriguinha de barril” (nos homens) e do bafo característico (em homens e mulheres) de quem gosta da chamada “água que passarinho não bebe”.

Um dos líquidos mais consumidos no planeta, ao lado da água (water), do chá (tea) e do café (coffee), eis um tipo de bebida alcoólica feita por meio da combinação de ingredientes como água, malte (de cevada, trigo ou arroz), lúpulo e levedura, cujo líquido resultante dessa mistura é fermentado e supervisionado por alguns dias, até se transformar na cerveja propriamente dita, cuja origem é um tanto controversa. Acredita-se, inclusive, que a bebida não foi inventada intencionalmente, mas descoberta ao acaso. Na prática, a cerveja (beer) se difere do chope (draft beer) pelo fato de este último não ser pasteurizado. Curiosamente, para muita gente, os dois se equivalem, com alguma diferença no que se refere ao gosto e ao preço de cada um deles. Para nós que lidamos com a questão da linguagem, ambos são um bom motivo para se aprender palavras e expressões novas da língua inglesa.

É o caso de homebrewed (artesanal), low alcohol (baixo teor alcoólico), alcohol free (sem álcool) e shrink, aquele filme termo-encolhível usado para embalar latinhas e garrafas com várias unidades. Além dessas, podemos incluir confraria (beer fraternity), adega (cellar), barril (keg), long neck (pecoçuda), tampa (cap), slim (magrinha/fininha), anel (ring), rótulo (label), espuma (foam), colarinho (collar), gole (sip/gulp) e gota (drop). E você sabia que a expressão ‘loira’ vem do inglês ‘blonde (ou blond ale/beer)’? Pois é…

Em casa, bares, botecos, botequins, pubs (forma curta para ‘public houses’), tavernas, tap houses (literalmente, ‘casas de/com torneiras’), restaurantes ou confraternizações, sozinha ou acompanhada por algum petisco ou prato mais sofisticado, estupidamente gelada (ice-cold) ou choca (gasless), o fato é que a cerveja faz parte da cultura de diversos países e é, sem dúvida, uma das prioridades nos finais de semana de legiões de brasileiros, venha ela no tradicional pint inglês (568 ml) ou em generosas porções servidas em copos e sacos plásticos dos mais variados tamanhos, e cores. Ou seja: de norte a sul deste Brasil varonil, se houver “um bom churrasquinho” e “música da melhor qualidade”, então, a diversão não tem hora para acabar! Nem a aprendizagem da English language, caso ela seja lembrada…

P.S.: Segundo o clubedomalte.com.br/blog, há três famílias gigantescas de cerveja: lager, ale e sour, sendo que a distinção ou divisão entre elas é feita basicamente considerando-se o seu processo de fermentação.

P.P.S.: Embora o consumo de cerveja seja alto no Brasil, o país fica atrás de países como China e Estados Unidos (no total), e República Tcheca (por habitante).

(*) Valéria Cristina é pós-graduada em Ensino de Língua Inglesa (UFMT) e professora efetiva da rede municipal de ensino. Jerry T. Mill é mestre em Estudos de Linguagem (UFMT), presidente da Associação Livre de Cultura Anglo-Americana (ALCAA), membro-fundador da ARL (Academia Rondonopolitana de Letras), associado honorário do Rotary Club de Rondonópolis e autor do livro Inglês de Fachada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário