segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Fãs iniciam campanha para tradução de novo Pokémon por um bom motivo - Terra - Dicionário

Pokémon Scarlet e Pokémon Violet foram anunciados pela produtora Game Freak e vão trazer a nona geração de monstrinhos inéditos para este universo. Os jogos já possuem, inclusive, uma campanha de fãs brasileiros em andamento, pedindo para que o estúdio lancem os dois com tradução em português. Um dos motivos é a região onde a aventura se desenrola, inspirada pela península ibérica.

Novos Pokémon chegam ainda em 2022

Novos Pokémon chegam ainda em 2022

Foto: Divulgação/Game Freak / Tecnoblog

A península ibérica é uma região europeia que possui dois países: Espanha e Portugal, com dois idiomas bem próximos do português-brasileiro, ao menos mais próximos do que o inglês norte-americano ou britânico.

A semelhança foi notada pelos fãs a partir do primeiro trailer liberado pela Game Freak e pela The Pokémon Company. Vários locais usam como base arquitetura de lugares da Espanha, além dos nomes do trio inicial de Pokémon, com referências ao dialeto hispânico: Sprigatito, Fuecoco e Quaxly.

Então, fãs como o youtuber Hagazo começaram a levantar a hashtag #ScarletVioletPTBR, marcando empresas relacionadas, como Game Freak, The Pokémon Company e Nintendo of America. "É a oportunidade perfeita para começar a trazer localização em português para os jogos, sim?", escreveu o criador de conteúdo.

Vários fãs já repercutiram a hashtag com posts diversos, artes e pedidos incansáveis. Até o momento as empresas não responderam ou se manifestaram a respeito, mas vale avisar que Pokémon Scarlet e Violet serão lançados ainda em 2022, para Nintendo Switch, então vale a pena intensificar os pedidos, para que a tradução seja realmente feita a tempo.

Não seria a primeira vez ter um game da série Pokémon em português. Vale lembrar que Pokémon Unite e Pokémon Go, ainda que sejam spin-offs, estão traduzidos. Resta torcer.

Novo Pokémon no estilo Arceus

Pokémon Scarlet e Violet serão dois jogos de mundo aberto mas que fazem parte da série principal. Além de uma nova geração de Pokémon eles trarão também jogabilidade no estilo de Pokémon Legends Arceus, que saiu recentemente.

Os games ainda devem receber mais novidades até seu lançamento, no final do ano.

Veja o trailer de anúncio:

https://www.youtube.com/watch?v=MAmueMsFR1o&ab_channel=TheOfficialPok%C3%A9monYouTubechannel

Com informações: Twitter.

Fãs iniciam campanha para tradução de novo Pokémon por um bom motivo

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Fãs iniciam campanha para tradução de novo Pokémon por um bom motivo - Terra - Dicionário

Pokémon Scarlet e Pokémon Violet foram anunciados pela produtora Game Freak e vão trazer a nona geração de monstrinhos inéditos para este universo. Os jogos já possuem, inclusive, uma campanha de fãs brasileiros em andamento, pedindo para que o estúdio lancem os dois com tradução em português. Um dos motivos é a região onde a aventura se desenrola, inspirada pela península ibérica.

Novos Pokémon chegam ainda em 2022

Novos Pokémon chegam ainda em 2022

Foto: Divulgação/Game Freak / Tecnoblog

A península ibérica é uma região europeia que possui dois países: Espanha e Portugal, com dois idiomas bem próximos do português-brasileiro, ao menos mais próximos do que o inglês norte-americano ou britânico.

A semelhança foi notada pelos fãs a partir do primeiro trailer liberado pela Game Freak e pela The Pokémon Company. Vários locais usam como base arquitetura de lugares da Espanha, além dos nomes do trio inicial de Pokémon, com referências ao dialeto hispânico: Sprigatito, Fuecoco e Quaxly.

Então, fãs como o youtuber Hagazo começaram a levantar a hashtag #ScarletVioletPTBR, marcando empresas relacionadas, como Game Freak, The Pokémon Company e Nintendo of America. "É a oportunidade perfeita para começar a trazer localização em português para os jogos, sim?", escreveu o criador de conteúdo.

Vários fãs já repercutiram a hashtag com posts diversos, artes e pedidos incansáveis. Até o momento as empresas não responderam ou se manifestaram a respeito, mas vale avisar que Pokémon Scarlet e Violet serão lançados ainda em 2022, para Nintendo Switch, então vale a pena intensificar os pedidos, para que a tradução seja realmente feita a tempo.

Não seria a primeira vez ter um game da série Pokémon em português. Vale lembrar que Pokémon Unite e Pokémon Go, ainda que sejam spin-offs, estão traduzidos. Resta torcer.

Novo Pokémon no estilo Arceus

Pokémon Scarlet e Violet serão dois jogos de mundo aberto mas que fazem parte da série principal. Além de uma nova geração de Pokémon eles trarão também jogabilidade no estilo de Pokémon Legends Arceus, que saiu recentemente.

Os games ainda devem receber mais novidades até seu lançamento, no final do ano.

Veja o trailer de anúncio:

https://www.youtube.com/watch?v=MAmueMsFR1o&ab_channel=TheOfficialPok%C3%A9monYouTubechannel

Com informações: Twitter.

Fãs iniciam campanha para tradução de novo Pokémon por um bom motivo

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Fãs iniciam campanha para tradução de novo Pokémon por um bom motivo - Tecnoblog - Dicionário

Pokémon Scarlet e Pokémon Violet foram anunciados pela produtora Game Freak e vão trazer a nona geração de monstrinhos inéditos para este universo. Os jogos já possuem, inclusive, uma campanha de fãs brasileiros em andamento, pedindo para que o estúdio lancem os dois com tradução em português. Um dos motivos é a região onde a aventura se desenrola, inspirada pela península ibérica.

Novos Pokémon chegam ainda em 2022 (Imagem: Divulgação/Game Freak)

A península ibérica é uma região europeia que possui dois países: Espanha e Portugal, com dois idiomas bem próximos do português-brasileiro, ao menos mais próximos do que o inglês norte-americano ou britânico.

A semelhança foi notada pelos fãs a partir do primeiro trailer liberado pela Game Freak e pela The Pokémon Company. Vários locais usam como base arquitetura de lugares da Espanha, além dos nomes do trio inicial de Pokémon, com referências ao dialeto hispânico: Sprigatito, Fuecoco e Quaxly.

Então, fãs como o youtuber Hagazo começaram a levantar a hashtag #ScarletVioletPTBR, marcando empresas relacionadas, como Game Freak, The Pokémon Company e Nintendo of America. “É a oportunidade perfeita para começar a trazer localização em português para os jogos, sim?”, escreveu o criador de conteúdo.

Vários fãs já repercutiram a hashtag com posts diversos, artes e pedidos incansáveis. Até o momento as empresas não responderam ou se manifestaram a respeito, mas vale avisar que Pokémon Scarlet e Violet serão lançados ainda em 2022, para Nintendo Switch, então vale a pena intensificar os pedidos, para que a tradução seja realmente feita a tempo.

Não seria a primeira vez ter um game da série Pokémon em português. Vale lembrar que Pokémon Unite e Pokémon Go, ainda que sejam spin-offs, estão traduzidos. Resta torcer.

Novo Pokémon no estilo Arceus

Pokémon Scarlet e Violet serão dois jogos de mundo aberto mas que fazem parte da série principal. Além de uma nova geração de Pokémon eles trarão também jogabilidade no estilo de Pokémon Legends Arceus, que saiu recentemente.

Os games ainda devem receber mais novidades até seu lançamento, no final do ano.

Veja o trailer de anúncio:

Com informações: Twitter.

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domingo, 27 de fevereiro de 2022

Tradutora não contém as lágrimas durante um discurso de Zelensky - CNN Portugal - Dicionário

Num discurso em que o presidente ucraniano condena o terror criado pelas forças militares russas a operar em território ucraniano, a mulher emocionou-se em direto ao ouvir as palavras de Zelensky

O drama humanitário e o espírito de sacrifício demonstrado pelo povo ucraniano após ter sido invadido militarmente pela Rússia de Vladimir Putin está a comover milhões de pessoas um pouco por todo o mundo. Uma tradutora ucraniana que trabalha para a televisão alemã Welt não conteve as lágrimas enquanto traduzia um discurso de Volodymyr Zelensky em direto.

Num discurso em que presidente ucraniano condena o terror criado pelas forças militares russas a o operar em território ucraniano, a mulher não conseguiu continuar a tradução quando Zelensky proferiu a frase: “Nós sabemos exatamente aquilo que estamos a defender”.

A mulher acaba por interromper o seu discurso, que termina com um simples pedido desculpa em alemão.

Nesse mesmo discurso, o líder ucraniano apelou aos líderes mundiais para retirar poder de veto à Rússia no Conselho de Segurança da ONU. "As ações criminosas da Rússia contra a Ucrânia têm sinais de genocídio", disse.

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Tradutora emociona-se durante discurso do presidente ucraniano e não consegue terminar a tradução. Veja o momento - Correio da Manhã - Dicionário

A emoção ao ouvir as palavras do presidente ucraniano impediu uma intérprete de acabar a tradução em simultâneo do discurso de Zelenskiy.

Num vídeo partilhado no Twitter pelo antigo embaixador da Áustria na Ucrânia, Olexander Scherba, é possível ouvir a voz da tradutora a ficar cada vez mais trémula, até ao momento em que desaba a chorar, sem conseguir continuar a tradução.

Durante o discurso, o presidente chegou a referir que a Rússia queria cometer um "genocídio no país".

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Tradutor árabe d'Os Lusíadas descobriu Portugal graças ao Nobel de Saramago - Diário de Notícias - Dicionário


Foi em 1998 com a notícia do Nobel da Literatura para José Saramago que Abdeljelil Larbi despertou para um país chamado Portugal, pequeno como a sua Tunísia mas tal como ela com uma história riquíssima. "De repente, havia entrevistas a Saramago nos jornais, reportagens que falavam do escritor mas também de Portugal e cresceu em mim uma curiosidade que acabou por ser muito reforçada quando me tornei amigo de um português que estudava em Tunes, o Tiago, que até é daqui, de Benfica, e que me falava com grande entusiasmo do seu país", conta o hoje professor na Universidade Nova de Lisboa e que acaba de ver editada a sua tradução para árabe de Os Lusíadas , inéditos até agora nessa língua apesar de dia 12 de março passarem 450 anos sobre a primeira edição da obra de Camões, durante o reinado de D. Sebastião.

E sim, esta conversa decorre em Benfica, o bairro lisboeta em que Abdeljelil Larbi vive. E foi escolha dele um restaurante-pastelaria bastante popular na zona, o Califa, curiosa coincidência este encontro com um árabe muçulmano acontecer na esplanada de um café cujo nome é o do chefe máximo do islão. Mas devo acrescentar que o professor é oriundo de um dos países árabes que mais reverencia o passado pré-islâmico, sobretudo a gloriosa Cartago, e que conciliou desde a independência de França em 1956 muito bem a religião e a modernidade, por mérito do seu primeiro presidente, Habib Bourguiba.

"Eu nasci em 1975 e de Burguiba recordo-me de o ver na televisão. Mas sobretudo conheço o seu legado por aquilo que os meus pais diziam, de como tinha transformado a Tunísia. A minha família é tradicional mas admirava muito o que ele fez, as escolas para todos, por exemplo". Pedimos dois cafés e duas águas, com gás a de Abdeljelil, ou Abdel, como costuma ser tratado pelos amigos portugueses. E eis que chega uma amiga, mas esta é tunisina apesar de viver há muitos anos em Portugal e de ser benfiquista convicta, tal, aliás, como o académico. Sihem é jornalista e conheci-a há uns anos quando trabalhava para uma embaixada. Foi ela que me pôs em contacto com Abdel e convidámo-la para assistir à conversa no Califa. E dá o seu contributo para a memória de Burguiba, que foi um grande defensor dos direitos das mulheres. "As escolas eram mistas e mesmo nas aldeias um menino sentava-se sempre ao lado de uma menina. De início, foi um choque em muitas comunidades, mas a forma como Burguiba falava com o povo, as suas conversas na televisão, convencia as pessoas", conta Sihem, um pouco mais nova do que Abdel, mas que cresceu também a admirar o pai da independência, que já octogenário foi afastado do poder. Quem o substituiu na presidência foi Ben Ali, que governou de 1987 a 2011, o primeiro dos ditadores afastados durante a Primavera Árabe, que, aliás, começou na Tunísia.

Hoje sendo a Tunísia uma democracia, foi certo do espírito aberto dos tunisinos que Abdel avançou com a tradução de Os Lusíadas, uma epopeia que glorifica Portugal como potência cristã, mas, imbuída do preconceito anti-islâmico do século XVI. "Para mim, mesmo estando convicto de a sociedade tunisina ser madura, não foi sequer uma questão que se levantou. Há árabes em muitos países, e a viver em sociedades com diferentes níveis de abertura ou de conservadorismo, e também há árabes que não são muçulmanos. A minha grande preocupação foi ser fiel à escrita de Camões e à grande cultura que mostra na obra. E ser capaz de identificar e nomear em árabe todos aqueles locais de que fala, muitos deles exóticos", garante Abdel. Fiz a pergunta porque em conversa há umas semanas com Ibrahim Aybek, que no ano passado traduziu para turco Os Lusíadas, fiquei a saber que este ponderou se as estrofes a atacar Maomé, o islão e os turcos seriam ofensivas para a sociedade, apesar do laicismo deixado como legado ao país por Mustafa Kemal Ataturk. No fim, a tradução avançou na íntegra e o único cuidado foi colocar um tracinho sobre as palavras nas poucas vezes em que o profeta era ofendido, permitindo a leitura mas assumindo o desconforto do muçulmano. Também uma contextualização histórica foi incluída, para que se percebesse a oposição geopolítica entre Portugal e o Império Otomano.

Sihem pede um café e uma queijada e eu aproveito para pedir um pastel de nata. Mas Abdel não pede mais nada e procura antes sintetizar os anos da sua vida antes da chegada a Portugal: "Nasci em Zama, uma aldeia que é a mesma Zama da batalha final de Aníbal, o grande general cartaginês, com os romanos há mais de 2000 anos. Fiz lá a escola primária e depois na cidade vizinha de Siliana os meus estudos secundários. E finalmente fui para a Universidade em Tunes, a capital, para estudar Língua e Literatura Árabe".

É já estudante universitário que Abdel, depois do Nobel de Saramago e das conversas com o amigo Tiago, vai descobrindo o que é Portugal. E depois do mestrado em Cultura Árabe Clássica muitas foram as sugestões para que estudasse espanhol, que acabaram por não dar em nada pois de repente o português pareceu-lhe uma oportunidade melhor. "Uma grande língua de cultura mas também falada por quase 300 milhões de pessoas em vários países de quatro continentes".

Além de Os Lusíadas, tradução encomendada pela Livraria Lello, Abd mel traduziu agora, igualmente a pedido da livraria portuense, A Mensagem, de Fernando Pessoa, e no seu currículo está ainda a tradução de Memorial do Convento, uma das grandes obras de Saramago.

Conto a Abdel que Saramago foi jornalista no DN, diretor-adjunto, e que se a saída da redação em 1975 foi envolvida em polémicas políticas próprias do período revolucionário pós-25 de Abril, o seu regresso foi uma festa, graças a um convite logo após ganhar o Nobel para visitar o antigo local de trabalho, o edifício histórico na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Estávamos em outubro de 1998 e Saramago foi aplaudido pela redação, muitos na época ainda seus conhecidos. E o diretor Mário Bettencourt Resendes mandou pintar um retrato do escritor, para juntar aos dos diretores que havia na Sala Verde, espécie de sala de honra. O único diretor-adjunto a merecer tal honra desde 1864.

Abdel também conheceu Saramago. Chegou a traduzir para árabe algumas intervenções do Nobel em ações de apoio à Palestina. "Olhem aqui Abdel e Saramago", diz Sihem, e mostra no telemóvel uma fotografia do tradutor a conversar com o escritor, já muito envelhecido. Nessa época, e até morrer em 2010, Saramago voltara a escrever no DN, uma crónica na última página.

Uma bolsa permitiu ao então mestre em Cultura Árabe Clássica vir em 2001 estudar português para Lisboa. A viver numa residência universitária no Lumiar, a integração foi rápida. Primeiro falava em francês com os estudantes que sabiam essa língua, que é idioma corrente na Tunísia, depois foi praticando o português. Ao fim de um ano voltou à Tunísia, mas por pouco tempo. Portugal passara a ser a aposta de vida, mesmo que tivesse, numa fase inicial, que aceitar trabalhos diversos, "num café e até em mercados de artesanato", antes de conseguir reentrar na carreira académica. A partir de 2003, começou a dar aulas de árabe no ISCTE e surgiu também a oportunidade de colaborar com a representação palestiniana.

"Em 2006, passo a trabalhar no Ilnova, o Instituto de línguas da Universidade Nova de Lisboa, ano da sua criação, e no qual continuo até hoje docente de língua árabe bem como professor de Literatura árabe contemporânea. Entretanto, fiz também o doutoramento".

Expressando-se num português fluente, com uma discreta pronúncia, Abdel, voltando ao tema dos escritores portugueses, confessa: "Achei a escrita de Saramago muito difícil quando o comecei a ler. Há duas fases: quando li Levantado do Chão, achei muito fácil o estilo da escrita. Mas foi o primeiro que li, talvez por ser o mais antigo. Depois li O Ano da Morte de Ricardo Reis, e aquilo foi mesmo difícil para mim. O meu português não era bom na época e isso também não ajudava. Depois voltei a ler Saramago, mas em árabe. E dei com muitos problemas na tradução. Perguntei aos meus professores sobre Saramago e percebi que aquele estilo era ideia dele, era o estilo dele. Mas que para traduzir era difícil".

Foi quando leu Ensaio sobre a Lucidez que Abdel finalmente conseguiu, em português, apreciar na totalidade a escrita de Saramago. Foi na fase em que lidava com o Nobel. E começou a pensar em traduzir algum dos romances, mas estavam praticamente todos já em árabe, ainda que traduzidos a partir de versões francesas ou espanholas. "Só faltava traduzir, não sei porquê, O Memorial do Convento. Comecei em 2019 e terminei um ano depois".

Tradutor também de outros autores já falecidos, como o brasileiro Jorge Amado, o tunisino diz que foi com Afonso Cruz, da nova geração de escritores portugueses, que se iniciou. "Vamos comprar um poeta foi um sucesso absoluto. Este livro foi um grande sucesso em todos os países árabes. Foi em 2016 o livro português mais vendido nos países árabes, foi muito bem recebido. Afonso Cruz chegou à feira do livro de Bagdad e esteve quatro horas a assinar livros do Vamos comprar um poeta. Acho que o tema chocou muitas pessoas, o livro era aconselhado para adolescentes, estava classificado para 12-15 anos. É uma novela pequenina, fantástica".

Grandes autores árabes traduzidos para português são poucos, com a notável exceção do egípcio Naguib Mahfouz, que beneficia da fama que ser Nobel traz. Abdel recomenda-me a leitura de Périplo pelos Bares do Mediterrâneo e Outras Histórias, do tunisino Ali Duaji, recentemente traduzido por Hugo Maia, mas escrito na primeira metade do século XX. Sihem, entusiasmada, reforça a recomendação, dizendo ser "um livro satírico, muito divertido".

Os Lusíadas e A Mensagem foram lançados na Expo Dubai e por isso estão à venda nos Emirados Árabes Unidos. Nos restantes países árabes, o tradutor diz não saber, incluído na sua Tunísia, mas que espera que sim, por tudo o que representam as obras de Camões e de Pessoa. Termino perguntando, aliás, pela Tunísia, país que visitei já e que me impressionou pelo cosmopolitismo da sua sociedade e que é o mais democrático do mundo árabe: "Costumo ir à Tunísia duas vezes por ano. Não estou otimista nem pessimista. Antes estava mais otimista, agora a coisa não está bem definida. E muitos jovens só pensam em emigrar para a Europa".

leonidio.ferreira@dn.pt

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sábado, 26 de fevereiro de 2022

"Depois de dois anos atípicos, foi uma vitória com um significado especial" - O Jogo - inglês

Vencedores da São Silvestre da Amadora destacam importância da prova

Catarina Ribeiro e Duarte Gomes venceram este sábado a 46.ª edição da São Silvestre da Amadora e destacaram a importância de a prova se ter realizado, mesmo depois do adiamento imposto pela pandemia de Covid-19.

"Espero que a realização desta prova, mesmo sendo depois da data original, seja um ponto de viragem e que possamos todos voltar a competir e voltar às ruas para correr", disse Catarina Ribeiro, vencedora feminina, que repetiu os triunfos de 2015 e 2016.

"Fico muito contente com a minha terceira vitória nesta prova e é sempre bom voltar onde se foi feliz. Foi diferente por não termos a envolvência das luzes e o frenesim do último dia do ano, mas é de realçar que a prova se realizou na mesma e com dois meses de atraso veio para a rua", realçou a atleta do Sporting, que completou os 10 quilómetros em 34.13 minutos, à frente de Ana Mafalda Ferreira (34.48) e Susana Godinho (35.40).

Duarte Gomes, que foi o mais rápido entre os homens, com o tempo de 30.17 minutos, qualificou como "especial" o triunfo na Amadora.

"Depois de dois anos atípicos, foi uma prova e uma vitória que teve um significado especial e premiou o trabalho que tenho feito ao longo deste ano e que também já me deu a vitória no campeonato nacional de corta mato. Além disso, a São Silvestre é uma corrida muito especial", disse o atleta do Benfica, que bateu David Silva (30.26) e Miguel Marques (30.26), segundo e terceiro classificados, respetivamente.

Depois de ter sido adiada devido à pandemia de Covid-19, a São Silvestre da Amadora, que estava inicialmente prevista para 31 de dezembro de 2021, registou uma afluência recorde, com 2.200 inscritos na prova principal e 250 na prova para crianças.

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