Na viagem aos EUA, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez-se acompanhar pela bandeira do seu país. Foi-lhe dada pelos "heróis" que combatem na linha da frente em Bakhmut, cidade na região de Donetsk que Volodymyr Zelensky visitou um dia antes de partir naquela que foi a primeira viagem ao estrangeiro desde o início da guerra, a 24 de fevereiro.
Os soldados ucranianos que lutam em Bakhmut, palco de intensos combates com as forças de Moscovo, deram a sua bandeira, com as assinaturas dos militares, a Zelensky para que este a entregasse ao Congresso norte-americano. Uma forma de agradecer a ajuda dos EUA, mas uma chamada de atenção de que é preciso mais.
"Temos uma situação difícil, o inimigo está a aumentar os seus efetivos. Os nossos homens são mais corajosos e precisamos de um reforço do armamento. Transmitiremos as palavras de gratidão da tropa ao Congresso e ao presidente dos EUA pelo seu apoio. Mas não é suficiente", disse o presidente ucraniano depois de visitar Bakhmut, na terça-feira.
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Já no Congresso norte-americano, no final do discurso, Zelensky dirigiu-se à presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e à vice-Presidente dos EUA, Kamala Harris, que presidiam a sessão especial.
"Quando eu estava ontem [terça-feira] em Bakhmut [uma cidade na região de Donetsk devastada por combates], os nossos heróis deram-me a bandeira, a bandeira deles. A bandeira daqueles que defendem a Ucrânia, a Europa e o mundo à custa das suas vidas", sublinhou, antes de entregar às duas responsáveis a bandeira ucraniana, azul e amarela, coberta com as assinaturas dos militares.
Em troca, recebeu uma bandeira norte-americana que tinha sido hasteada no topo do Capitólio nesse mesmo dia para assinalar a visita.
O discurso perante o Congresso foi a segunda paragem da visita a Washington, depois de Zelensky se ter reunido na Casa Branca com Biden.
As cores da Ucrânia nas cataratas do Niágara após apagão solidário
No dia da visita de Zelensky aos EUA, monumentos de várias cidades do mundo, entre as quais Lisboa e Porto, aderiram na quarta-feira ao "apagão solidário global com a Ucrânia".
Uma campanha de solidariedade lançada pelo presidente ucraniano, intitulada "#LightUpUkraine", que apela ao desligar das luzes em apoio ao povo ucraniano afetado por apagões causados por ataques russos contra as infraestruturas de energia.
Em plena época natalícia, o Rockefeller Center, em Nova Iorque, a Trafalgar Square, em Londres, e a Câmara Municipal de Paris aderiram à iniciativa.
Foi o que também aconteceu com as cataratas de Niágara, que depois de ficarem às escuras iluminaram-se novamente, mas com as cores da bandeira da Ucrânia.
Durante um minuto, as cataratas de Niagára ficaram às escuras em solidariedade com o povo ucraniano. Foram depois "iluminadas em azul e amarelo para aumentar a consciencialização sobre os apagões que afetam o país!", lê-se numa mensagem nas redes sociais.
Tonight, Niagara Falls will join landmarks across the world and go dark at 7 p.m. for one minute in support of Ukraine.
After going dark, Niagara Falls will be lit in blue and yellow to raise awareness of blackouts affecting the country!#WeStandWithUkraine #LightUpUkraine pic.twitter.com/0I9SfOshUV
- Niagara Parks (@NiagaraParks) December 21, 2022
A campanha também pretendia arrecadar pelo menos dez milhões de dólares (cerca de 9,4 milhões de euros) para financiar a compra de mil geradores elétricos, para permitir o funcionamento dos hospitais ucranianos.
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