segunda-feira, 6 de março de 2023

5 coisas que seus amigos do Facebook sabem de você e como se proteger - TechTudo - inglês

Mas a Meta não é a única empresa interessada no desenvolvimento do universo 3D. Grandes empresas de tecnologia como Microsoft e Roblox também estão investindo pesado para disputar uma fatia dessa próxima etapa da rede mundial. Nas próximas linhas, o TechTudo explica em detalhes o que é e como funciona o metaverso, para que você saiba tudo sobre o universo virtual que promete ser o futuro da Internet.

🔎 Metaverso: sete fatos para entender a nova experiência da Internet

O que é metaverso? Veja significado e como entrar no universo virtual — Foto: Reprodução/Meta

O que é metaverso? Veja significado e como entrar no universo virtual — Foto: Reprodução/Meta

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Não é possível afirmar, entretanto, que o metaverso proposto pelas big techs se tornará uma realidade — nem quando isso irá acontecer. Para que a ideia saia do papel, é necessário que muitas outras tecnologias evoluam. Confira todos os detalhes a seguir.

  1. O que é metaverso?
  2. Quando surgiu o metaverso?
  3. Como funciona o metaverso e o que é possível fazer lá?
  4. Como entrar no metaverso?
  5. Precisa de óculos para usar o metaverso?
  6. Qual a relação do metaverso com NFTs e o mercado de criptomoedas?
  7. Como comprar terrenos no metaverso?
  8. Quais empresas estão investindo no metaverso?
  9. O metaverso é mesmo o futuro da Internet?
O que é metaverso? Veja significado e como entrar no universo virtual — Foto: Divulgação/Getty Images

O que é metaverso? Veja significado e como entrar no universo virtual — Foto: Divulgação/Getty Images

1. O que é metaverso?

O metaverso é um universo virtual onde as pessoas podem interagir entre si por meio de avatares personalizados. É considerado uma espécie de Internet 3D imersiva, na qual comunicação, lazer e negócios existem de forma interoperável. Basicamente, é um mundo paralelo ao mundo físico em que vivemos. O funcionamento do metaverso envolve diversas outras tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada e criptomoedas.

2. Quando surgiu o metaverso?

Apesar de ter ganhado popularidade em 2021, quando o Facebook mudou de nome para Meta, o termo metaverso apareceu pela primeira vez no livro de ficção científica "Snow Crash", publicado em 1992 pelo autor norte-americano Neal Stephenson. Na obra, os personagens utilizam o mundo digital para escapar de uma realidade distópica.

Second Life é uma das plataformas mais conhecidas para imersão 3D em um mundo virtual — Foto: Divulgação/Linden Lab

Second Life é uma das plataformas mais conhecidas para imersão 3D em um mundo virtual — Foto: Divulgação/Linden Lab

Fora dos livros, o conceito também não é novidade. Jogos já exploraram essa ideia de universo 3D antes mesmo de o assunto ganhar tanto apelo. É o caso dos games Second Life e Habbo: ambos fizeram sucesso nos anos 2000 por oferecerem experiências imersivas em um mundo totalmente virtual.

3. Como funciona o metaverso e o que é possível fazer lá?

Em comunicado à imprensa na ocasião do anúncio da mudança de Facebook para Meta, Mark Zuckerberg explicou o que será possível fazer no metaverso da seguinte forma:

"Você será capaz de fazer quase tudo que você possa imaginar — reunir-se com amigos e família, trabalhar, aprender, brincar, fazer compras, criar —, bem como experiências completamente novas que realmente não se encaixam na forma como pensamos sobre computadores ou telefones hoje", disse o executivo.

A fala de Zuckerberg deixa claro que o metaverso será um ambiente onde os usuários podem replicar suas vidas no mundo físico, incluindo a realização de atividades cotidianas, como frequentar a igreja. Inclusive, isso já aconteceu no Brasil. A Igreja Batista da Lagoinha foi a primeira a entrar na plataforma e realizar um culto online, chamado de LagoVerso.

Metaverse Fashion Week aconteceu em março de 2022 — Foto: Reprodução/The Block

Metaverse Fashion Week aconteceu em março de 2022 — Foto: Reprodução/The Block

As empresas também estão buscando garantir sua participação dentro do universo digital. Em março de 2022, foi realizada a First Metaverse Fashion Week. No evento, marcas como Tommy Hilfiger, DKNY e Dolce & Gabbana realizaram desfiles em 3D e ofereceram uma experiência de compra imersiva com produtos em 2D. A ideia foi fazer uma espécie de test drive entre o mundo da moda e o metaverso.

4. Como entrar no metaverso?

O metaverso idealizado pela Meta ainda está em desenvolvimento, mas há outras plataformas que já permitem ingressar em ambientes 3D imersivos. É o caso do game Second Life, que segue uma proposta muito semelhante à ideia de Mark Zuckerberg. Criado em 2003, o jogo pretende ser uma extensão do mundo real e permite realizar atividades como ir ao cinema, participar de clubes de música e outras atividades voltadas para a socialização entre os usuários.

Também há The Sandbox, jogo multiplayer focado em criação e exploração bastante parecido com o Minecraft. Por lá, é possível comprar terrenos e criar edifícios, labirintos e outros tipos de construções. O diferencial da plataforma é que ela possui o seu próprio token, chamado de SAND. Ele é utilizado em qualquer tipo de negociação feita entre os usuários dentro do universo 3D.

Decentraland oferece experiência imersiva de metaverso — Foto: Divulgação/Decentraland

Decentraland oferece experiência imersiva de metaverso — Foto: Divulgação/Decentraland

Outra forma de ter uma experiência imersiva é no Decentraland. Fundada em 2017, a plataforma é considerada o maior projeto de metaverso da atualidade e pode ser acessada pelo navegador web. O Decentraland está hospedado na blockchain Ethereum e, por isso, sua economia funciona por meio dessa criptomoeda. Os usuários podem investir em NFTs e até mesmo comprar terrenos.

5. Precisa de óculos para usar o metaverso?

Não é necessário ter um óculos de realidade virtual para explorar o metaverso e interagir dentro dele, embora o equipamento contribua para melhorar a experiência do usuário. Os óculos podem proporcionar uma sensação de imersão mais profunda, uma vez que, com eles, a pessoa sente como se estivesse dentro do ambiente virtual.

Aliás, é importante ressaltar que metaverso e realidade virtual não são sinônimos. A realidade virtual é uma tecnologia que, por meio de um sistema computacional, cria uma simulação de um ambiente, "enganando" os sentidos humanos ao imitar a realidade.

O metaverso, por outro lado, é um espaço virtual integrado onde as pessoas podem se conectar. A realidade virtual permite e potencializa a experiência no metaverso – é uma fatia do universo digital, mas não é tudo. Aliás, a construção do metaverso dependerá de muitas outras tecnologias, incluindo criptomoedas e NFTs.

6. Qual a relação do metaverso com NFTs e o mercado de criptomoedas?

NFT são uma espécie de certificado digital, estabelecido via blockchain, que atribui originalidade e exclusividade a bens digitais. A sigla vem do inglês "Non-fungible Token" (tokens não fungíveis, em português). No metaverso, os NFTs podem ser empregados para dar aos usuários acesso controlado a diversas plataformas. Eles seriam, assim, uma chave de ingresso e trânsito no universo virtual.

Jogos baseados em blockchain, como o The Sandbox, utilizam bastante os NFTs. Nesse game, os jogadores usam tokens não-fungíveis para vender imóveis virtuais a outros players, por exemplo. No metaverso, os usuários podem realizar esse e outros tipos de transações.

Imagine que você tem um avatar no metaverso e quer aproveitar o tempo livre para assistir a um filme. Você, então, entra no cinema e compra o ingresso para o longa. Após a sessão, passa em uma livraria e compra um livro. O bilhete, assim como o livro e outros itens, é pago com criptomoedas.

7. Como comprar terrenos no metaverso?

Um terreno no metaverso é um pedaço de terra virtual. As plataformas que promovem experiências 3D imersivas disponibilizam para compra uma parte do ambiente para que o usuário construa o que ele quiser, desde que esteja dentro das normas estabelecidas pela empresa. Os espaços são totalmente virtuais e ficam hospedados em blockchain, o que os torna NFTs.

Assim como na vida real, os terrenos dentro do metaverso também podem sofrer especulação imobiliária — motivo pelo qual muitos usuários começam a investir nos pedaços de terra virtuais. Marcas também estão de olho nos terrenos: para elas, comprar um lote no metaverso significa também comprar um espaço de publicidade – assim como as redes sociais o são atualmente.

Construção feita em um dos terrenos virtuais da Decentraland — Foto: Divulgação/Decentraland

Construção feita em um dos terrenos virtuais da Decentraland — Foto: Divulgação/Decentraland

Para comprar um terreno no metaverso é necessário criar uma carteira virtual e adquirir criptomoedas. As mais comuns são a Ethereum (ETH), MANA e SAND (criptomoeda do The Sandbox). Antes, é importante observar quais são as moedas aceitas dentro da plataforma escolhida.

Feito isso, basta acessar o respectivo marketplace, escolher o lote que deseja comprar, cadastrar sua carteira digital e efetuar a compra. Os jogos Decentraland e The Sandbox possuem seus próprios mercados e permitem a compra dos terrenos virtuais diretamente pela plataforma.

8. Quais empresas estão investindo no metaverso?

Há uma ampla gama de empresas investindo no metaverso. A troca de nome do Facebook para Meta, por exemplo, mostra que a construção do universo virtual é o principal objetivo da companhia para o futuro. A empresa já havia anunciado um investimento de US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) para construir tecnologias "inclusivas e empoderadoras", com foco no metaverso.

Entretanto, é importante ressaltar que o metaverso não é um projeto exclusivo da Meta. A Microsoft, por exemplo, anunciou que está trabalhando no Microsoft Mesh. O universo digital seria integrado a outros produtos da fabricante, incluindo o Microsoft Teams. A ideia é permitir que os usuários participem de reuniões virtuais com seus avatares em 3D.

Microsoft Teams terá reuniões virtuais em ambientes 3D; fabricante do Windows está de olho no metaverso — Foto: Divulgação/Microsoft

Microsoft Teams terá reuniões virtuais em ambientes 3D; fabricante do Windows está de olho no metaverso — Foto: Divulgação/Microsoft

Roblox, Epic Games, NVIDIA e Decentraland são alguns outros nomes entre as gigantes de tecnologia que estão investindo para desempenhar um papel importante no que está sendo chamado de "próxima fase da Internet".

9. O metaverso é mesmo o futuro da Internet?

Há muitas tecnologias que precisam evoluir para garantir que a ideia de metaverso se concretize. É preciso, por exemplo, que a Internet 5G seja mais acessível, porque a conexão 4G não é capaz de sustentar o fluxo de dados das plataformas de realidade virtual e realidade aumentada acessadas de forma simultânea por inúmeros usuários. Da mesma forma, os PCs domésticos precisam ter maior capacidade computacional para proporcionar o acesso ao metaverso por todos.

Um ponto crucial, porém, diz respeito ao binômio privacidade e segurança. Especialistas temem que, assim como ocorre com os celulares, os equipamentos usados para permitir a ligação do mundo real ao metaverso coletem dados dos usuários, favorecendo o uso indevido dessas informações por parte da Meta e outras grandes empresas.

Meta Quest Pro, headset VR da Meta, na CES 2023 — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

Meta Quest Pro, headset VR da Meta, na CES 2023 — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

Já se sabe que o headset de realidade virtual Meta Quest Pro, por exemplo, usará câmeras para fazer uma estimativa da direção do olhar do usuário e “personalizar experiências”. O objetivo, segundo a Meta, é aprimorar a experiência de uso do aparelho, mas é provável que a tecnologia seja usada também para customizar anúncios dentro do metaverso. Vale lembrar que a empresa esteve envolvida em diversos escândalos de privacidade — o mais conhecido deles, Cambrigde Analytica, impactando inclusive campanhas eleitorais.

Resumidamente, o metaverso tem o potencial para se tornar o "próximo capítulo da Internet", mas não é possível afirmar se ele se tornará uma realidade. Em caso afirmativo, isso só deve acontecer daqui a alguns anos, quando as tecnologias necessárias ao desenvolvimento do universo virtual estiverem mais maduras e acessíveis.

Vale ressaltar ainda que as mudanças trazidas pelo metaverso exigirão uma maior preparação do mercado, dos consumidores e dos investidores. Por mais que esse universo virtual inaugure novas possibilidades e facilidades, ele não vai substituir o mundo real.

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