terça-feira, 29 de junho de 2021

Federação Inglesa ameaça vetar contratações de estrangeiros para clubes que participem na Superliga Europeia - Jornal Económico - inglês

A Federação Inglesa (FA), através do seu diretor-executivo Mark Bullingham, lançou uma ameaça dirigida aos clubes ingleses que decidam participar na Superliga Europeia no sentido de impedi-los de contratarem jogadores estrangeiros. A FA é o órgão responsável pela gestão do futebol em Inglaterra, entre cujas atribuições está o de recomendar ao Home Office se devem ser emitidas autorizações de trabalho para jogadores estrangeiros.

O anúncio surge na sequência da decisão do governo britânico de revogar as autorizações de trabalho para jogadores estrangeiros e dirigentes de clubes da Premier League que participem em competições alternativas, como a Superliga Europeia. Novidade legislativa que está pendente de aprovação por parte do executivo inglês.

Bullingham explicou que “podemos modificar alguns aspetos do sistema de vistos para garantir que as pessoas só obtenham vistos nos processos que credenciamos”. Desta forma, podem garantir que “talentos estrangeiros não possam ser atraídos para jogar em competições que não regulamentamos”, de forma que não possam trazer estrangeiros para jogar na Superliga Europeia e Premier League.

O diretor-executivo da FA sublinha que “vamos garantir que o nosso livro de regras seja mais rígido”, coincidindo com o facto de que “a Premier League está a fazer o mesmo”. “Estamos a trabalhar em alguns ajustes”, detalhou.

“Existe uma legislação governamental para impedir a Superliga”, lembrou, observando que “desde o início estávamos muito claros que éramos contra e que íamos usar os nossos regulamentos para impedi-la. Os clubes definitivamente tomariam uma posição legal anticompetitiva sobre este assunto”, disse Bullingham. “É isso que queríamos que o governo fizesse e eles comprometeram-se muito rapidamente”, reconheceu, detalhando que “ainda queremos avançar com alguma legislação, para dar mais poder aos nossos regulamentos nessas situações”.

Os seis clubes ingleses que concordaram em aderir ao projeto de competição independente da Uefa (Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City e Tottenham) foram multados em 22 milhões de libras (25,5 milhões de euros) pela Premier League, em torno de 3,5 milhões de libras (quatro milhões de euros) por clube.

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