Aos 74 anos, Carlos III foi o mais velho monarca britânico a ser coroado. A cerimónia na Abadia de Westminster começou por volta das 11 e prolongou-se até às 13 horas. Durante esse período os reis estiveram sempre acompanhados por pajens e damas de companhia. Entre os miúdos escolhidos para a função real, estava George, filho de William e Kate.
Segundo o jornal “The Telegraph”, a participação do príncipe de 9 anos na coroação marca a primeira vez na história real moderna que um futuro monarca está oficialmente envolvido em tal serviço. George, segundo na linha de sucessão, foi o futuro rei mais jovem a desempenhar um papel oficial numa cerimónia de deste tipo. Em 1953, o avô, o monarca Carlos III, apenas assistiu ao serviço religioso da coroação da mãe, a rainha Isabel II.
Os oito miúdos que assumiram a função de pajens vestiram uma casaca vermelho escarlate até ao joelho, com guarnições douradas, sobre um colete de cetim branco com um folho branco em renda que caía desde o colarinho. Usaram também uns calções brancos, combinados com meias brancas altas e sapatos pretos com fivela. O toque final foi uma pequena espada que transportaram durante toda a cerimónia.
A espada continua a fazer parte do traje como mera tradição. No passado, a arma poderia ser usada para defender o monarca de qualquer potencial ameaça durante a coroação. No final da cerimónia, a família real saiu em cortejo até ao Palácio de Buckingham, onde subiram à varanda para o tradicional aceno ao povo. Um momento solene que se pautou por algumas ausências de peso e por participações menos esperadas.
A tradição do aceno real na varanda já é uma tradição antiga. A primeira aconteceu em 1851, quando a Rainha Vitória cumprimentou os presentes durante as comemorações realizadas para marcar a abertura da Grande Exposição. Desde então, tornou-se uma parte importante, e muito esperada, dos eventos reais.
Normalmente, sobem à varanda os reis e os restantes membros da família real. Este ano existiram algumas alterações. Os príncipes Harry e André (filho e irmão do rei, respetivamente) que foram afastados das funções reais no ano passado, não subiram com a família à varanda.
Quando a porta se abriu para deixar passar os reis coroados, os pajens de Carlos III, foram responsáveis por segurar o manto do rei. George desempenhou a tarefa acompanhado por Lord Oliver Cholmondeley, 13 anos (filho do Marquês de Cholmondeley), Ralph Tollemache, com 12 (filho do afilhado do rei, Edward Tollemache) e Nicholas Barclay, também de 13 (neto do primo em segundo grau do rei Carlos e da dama de companhia da rainha, Sarah Troughton).
Já Camilla contou com o apoio de três dos seus netos — Gus e Louis Lopes, Freddy Parker Bowles, — e o seu sobrinho-neto Arthur Elliot. A escolha dos oito pajens para as funções teve, segundo a imprensa internacional, um significado especial: a demonstração da união entre as duas famílias.
Em seguida juntaram-se-lhes os membros da família real com funções oficiais: os príncipes Ana e Eduardo, irmãos do rei, com a mulher deste, Sophie, e os filhos Louise e James; o primogénito e herdeiro de Carlos, William, que se fez acompanha da princesa Kate, e dos outros dois filhos Charlotte e Louis. Os primos de Isabel II, o duque de Kent com a sua irmã Alice também marcaram presença no momento, assim como o duque de Gloucester.
A tradição manda também que haja formações de aviões que sobrevoaram a zona. E aconteceu. Porém, mal se viam, devido ao mau tempo, o que obrigou a reduzir o tempo de voo das aeronaves. Alguns tinham rastos com as cores da bandeira do Reino Unido: vermelho, azul e branco.
Carregue na galeria para ver alguns dos principais looks dos dois mil convidados que estiveram na cerimónia religiosa da coração de Carlos III e Camilla.
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